segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Choque de realidade


Todo mundo já ouviu falar no acordo da dívida dos EUA que Barack Obama e companhia limitada estão sofrendo. Poucos brasileiros estão informados a respeito dela. Mas é preciso que todo mundo saiba é que as causas são o consumismo exacerbado dos que estão acostumados com a gastança, o investimento exagerado nas importações e a falta de pagamento para os empregados. Contudo, a bola de neve afeta as bolsas, e posteriormente os preços. A desvalorização do dólar, a recessão e o desemprego são os principais reflexos de todo o caos do país mais rico do mundo. Por qual motivo? Enquanto predominar a lógica do mercado financeiro de adotar a receita do corte de gastos com prioridade ao salvamento dos bancos, isso prejudicará os cidadãos e todas as nações.

O acordo da dívida deixa os americanos com a sensação de choque. Se não for resolvida a tempo, a lógica dos EUA será a mesma que foi utilizada na  Europa, onde cortes com bancos e a austeridade são para salvar bancos. Os Estados Unidos passaram por grandes mudanças desde a crise 2008. O primeiro presidente negro de toda a história, mudança no regime tributário e redução de custos. Tudo parecia estar resolvido, mas as pessoas compravam e gastavam sem parar. Os preços não paravam de subir e tudo o que as pessoas diziam era que a situação estava controlada. E aí? O que o Brasil tem a ver com isso? Como nós podemos ser afetados por essa crise?

O mercado brasileiro também sofrerá o impacto da crise. Principalmente em função das importações somarem bilhões e o Brasil precisar manter sua produtividade. Em relação a nós consumidores, quem pagará a diferença será a nação brasileira. A bolsa de valores Bovespa, de São Paulo, perdeu 30% este ano, um prejuízo de trilhões de dólares. Outras empresas perderam 50%, que poderão ser recuperados, mas neste momento, ficam sem capacidade de investimento. O Brasil é um grande exportador de commodities, como minérios de ferro e soja. Por conta da perda, os preços poderão cair e obterão menos valor de mercado. Será que teremos um distúrbio igual a crise imobiliária de 2008? (onde um dos principais motivos foi o crescimento pela procura de hipotecas, onde os americanos pediam dinheiro emprestado aos bancos, dando garantia de pagamento de suas próprias casas). A colunista Miriam Leitão enfatiza que não é uma crise enfrentada anteriormente.

Por enquanto, a possibilidade de igualdade é bem menor. Ainda é só uma forte queda das bolsas, muita instabilidade no mercado de moedas e redução dos preços de commodities. Segundo Miriam, a crise de 2008 foi muito pior. Houve uma sucessão de quebra de bancos, o crédito congelou e ninguém conseguia pegar empréstimos. A fala de Barack Obama fez o mercado segurar um pouco as vendas. Para entender, Barack disse que os problemas do país têm ‘solução eminente’, minimizou a posição da agência Standard and Poor’s (S&P), declarando que o país sempre será um país AAA.  (A nota de confiabilidade do país passou de AAA para AA+). Também enfatizou que o país ‘não terá muito espaço para corte’ em gastos como requerem os republicanos (conservadores).

            Entretanto, todo esse déficit não impede dos Estados Unidos terem as melhores universidades do mundo e as empresas mais inovadoras do planeta.

Por Yasmine Farias
Estudante de Jornalismo - FAB - Matutino

Um comentário:

  1. Orgulhosa de vc, muito bom o seu texto, continue assim se esforçando cada vez mais. Muito sucesso!!!!!!

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