segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O GIGANTE QUE VIVEU SEU MOMENTO DE ANÃO

A crise americana tem assustado os mercados do mundo inteiro, o que não surpreende, por se tratar da grande potencia econômica do planeta. Também não surpreende quem vem acompanhando as taxas recentes de crescimento dos Estados Unidos, que em uma década apresentou um crescimento variando de 1 a 2 por cento, uma estagnação considerável. A crise imobiliária de 2008 também sedimentou o caminho para esse momento desagradável.
De novidade, provavelmente, só o inédito rebaixamento da credibilidade americana, que perdeu seu triplo A, motivo de orgulho tanto para o governo como para o cidadão comum. Para a maioria dos países, um duplo A representa um excelente cartão de visita, mas para o Tio Sam, isso é um prenúncio de crise política e econômica.
Mas a crise tem servido como uma verdadeira aula de globalização. Enquanto muitos comemoram a suposta decadência do império, mercados de países aparentemente neutros nesta história mostram claros sinais de descontrole e apreensão. O que pode ser aproveitado desta confusão? A lição principal é que não existe endividamento tranqüilo, e que hoje em dia, não dá pra fingir que seu vizinho não existe, pois se a casa dele cair, a sua, no mínimo, ficará com rachaduras nos alicerces.
E se ao invés de uma casa, o que cair for aquele imponente condomínio com fachada listrada de azul, vermelho e branco, o bairro inteiro terá de ser interditado.


Por Lielson Maia
Estudante de Jornalismo - FAB - Noturno

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