terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dias de Oriente Médio na terra de James Bond

  
  

Milhares de cidadãos, a maioria jovens, que utilizam redes sociais para promover o caos. Incêndios criminosos, confrontos com forças de repressão, lojas saqueadas, alguns mortos e muitas prisões. Saldo: meia dúzia de grandes cidades destruídas e muitos problemas para o primeiro ministro. Estas cenas não são novidade para quem tem acompanhado as convulsões que mataram dois regimes ditatórias do caldeirão oriente médio e tem causado temores nada infundados em mais alguns.
A surpresa foi ver estas cenas na terra do chá das cinco horas. O Reino Unido, que sempre chamou mais a atenção do mundo por suas tradições e suas excentricidades (a família real é de longe a atração mais pitoresca, seguida dos ridículos kilts), ultimamente tem convivido com uma rotina digna de países em desenvolvimento. Algumas semanas atrás, o premiê David Cameron estava empenhado em contornar uma crise de credibilidade do governo britânico, envolvido em uma série de escândalos e suspeitas de corrupção.
Mais recentemente, Cameron precisou interromper suas férias para apagar o incêndio que consumia as ruas das principais cidades britânicas. Incêndio este alimentado por labaredas de fogo e por jovens tão inflamados quanto. Protestos que supostamente teriam iniciado devido a morte de um afrobritânico pela polícia (alguém se lembra ainda do brasileiro Jean Charles)?
Estas “novidades” mostram que há algo de podre na terra da rainha Elizabeth, e não é mais o romance tórrido de Charles e Camila Parker Bowles (ou duquesa da Cornualha para os mais puristas).
Londres tem saudade dos tempos que o que enchia as páginas do tablóides eram as intrigas da família real. Já está na hora de Charles encontrar outra amante.

Por  Lielson Maia
Aluno de Jornalismo - FAB - Noturno

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